sexta-feira, 3 de julho de 2020

138.



O NADA COMO PROVA CIENTIFICA


Tudo me leva a crer que a tua massiva adivinha
O que silenciosa tentavas transmitir
De forma enérgica
Não era o meu medo mais ao centro
A quebra massiva das relações
Cortadas a menos de metade.

Perdi qualquer respeito e consideração
Ganhei um viscoso desprezo
E tudo o mais embirro
Afinal é uma torpe encruzilhada
Onde podemos tanto virar à direita como à esquerda
Excepto seguir em frente.

Passou a fazer mais sentido o desencontro
Cortamos a estrada
Afinal era o rumo sem mapa
Ao medo em que és decifrada
Não dá para aderir mais aquelas linhas
Versículos, prosas e poeminhas
Aquele encontrar nada que encontra
A sua força no nada
A correspondência
De nada
Como prova cientifica.

Morre-se e há ali um pináculo
Um cume que não se assume
A tratar da vidinha, a pedir constantemente
Para ser actualizada.


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