quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Risco

Isto às vezes combina. Um filme quase insuportável no cinema e o metro apanhado logo a seguir. Que isto está cada vez pior eu sei, é uma constatação. Rostos mais cerrados, cinzas, assustados. Alguns nada para brincadeiras. Aqui e ali cheira-se um bafo apocalíptico, outra triste constatação, como "Holy Motors" de Leos Carax. Desnecessário, se servia para o "desconforto" do espectador, não me fez questionar nada, aprender coisa nenhuma. O muito bem feito pouco me interessa, nem sequer a "obra-prima". O que me interessa é que detestei aquela "obra", para não chamar outra coisa. Deve ter sido pela minha crónica falta de pachorra para a perversidade auto-indulgente mesclada de cinismo rastejante que me raia o insuportável.  Que me borrifa as 4 estrelas do Público. Antes uma caneta que escreva. Ao menos risco.