quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A.K.A.



Os gangsters dos filmes e séries ajudam a passar o tempo. Como é que se tornaram entertenimento de luxo isso é algo que me escapa, mas também a culpa não é nossa. Lembrei-me disso ao ver na net uma foto de Joe Pistone (a.k.a Donnie Brasco) ao lado do actor que o interpretou, Johnny Depp. 
Pistone era um agente do FBI infiltrado sob a máscara de Donnie Brasco, e uma das causas do estrondoso sucesso da sua missão foi a irmandade e grande camaradagem que tinha com os outros mafiosos que ao que consta eram tipos "normais" que depois matavam e roubavam e ameaçavam e infernizavam a vida ao outro como modo de vida. Acabado o expediente discutiam comida, vinhos, carros, baseball, escola dos filhos, jogavam cartas...O business de resto não era nothing personal. Não se discutia. Matavam ou morriam. Roubavam ou morriam. Obedeciam ou morriam. 
Donnie estava ali para metê-los na cadeia. Ponto que correu mal ao seu melhor amigo no bando, o capo Dominick "Sonny Black" Napolitano a quem um dia prometera que cuidaria das filhas se lhe acontecesse alguma coisa. E aconteceu. Foi morto quando se descobriu que Donnie Brasco era afinal o agente Joe Pistone que depois da missão cumprida tem andado escondido entre tribunais, conferências, livros e aparições mediáticas. À sua custa dezenas deles foram dentro. Incluindo quem matou Sonny Black. Don the jeweler, não era? A fugazi.