quarta-feira, 13 de maio de 2020

133.

Vivo numa vila. Sou preguiçoso. Não concordo um o modus operandi mas o esquecimento próprio e alheio dá medo antes de tudo. Iria por tudo se não fosse a falta. Virtualmente? Es lo que hay. Tenho reparado a solta verbal do ouro, chamo-lhe serpentina para não lhe chamar diarreia. Não há nenhuma matemática nas suas linhas, é tudo redondo, redondo, redondo sempre em pé. É uma literatura Jorge Coelho com um pouco de imaginação e originalidade e, claro está, algum talento, de outra forma a cousa não se manteria redonda, ou seja, sempre em pé. Redonda bola à roda, bola adiante, é este o meu campo, conheço um que se deixou desta lérias e está plantado e implantado no twitter, aquilo basta-lhe, tecnologia de ponta para saber o que se passa, superlativa forma do soundbyte ultra mega que ao mesmo tempo não pode ser, então manda-se para o ar como se a palavra fosse ar, e polui-se o ar com a palavra e é só mais uma. É uma insignificância dizer o que penso mesmo quando o que penso é merda cagada no preciso momento em que a estou a cagar, é esse o espírito? Com isto encerro o campo, fecho os engenhos, tenho as montanhas. A ver se o lá fora não é um martelo que nos obrigue a voltar para dentro. 

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