quarta-feira, 5 de agosto de 2020

148.



AQUI


Aqui não há falta
Apenas saudade, o que é bom
Se pusermos as coisas ao contrário
Tiras o homem de Lisboa, mas não tiras Lisboa do homem
Vês a luz
Não me encontro em corpo
Mas aqui vejo
Sou visto
Com muito que ver por dentro
São poucas ruas toda a floresta
Mesmo que de vez em quando desapareça 
No calor de uma discussão
Abrindo uma cratera 
De homenagem ao passado.


Ecossistema fora
Do meu drama anterior
Aqui comunico telegraficamente
Os símbolos dão luzes
Menos cadentes.

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