segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

101.



SAUDADES DE LISBOA

1.
Saudades tantas saudades pujantes
Faria já mais de 500 quilómetros
Só para ver Lisboa
Amanhecer

2.
Mas não é a ti que vou atender
Não, quando estou em Lisboa 
Não quero o meu tempo patrulhado pela minha ausência 
Preciso travar contas com a cidade

3.
Eu naquela dor aquela casa
Era toda esta amargura que sinto agora
Era o sofrer que já sofria
O futuro a pairar a ver-me 
Perder em negrura

4.
É por isso que as saudades remetem a outra zona da cidade
Trazem-me o rio e as ruas que sobem 
Montanhosa ribeirinhas
Como só Lisboa sabe ser

6.
Era o que era: destruir sempre
Para sempre poder começar de novo

7.
Mas quando tu me tocas eu sinto o sentido inteiro que é 
Agora