segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Apocalipse, Mano

Já só pensam em sobreviver na rua. Todas suas energias estão concentradas em arranjar uma horta. Eles sim, são sustentáveis, são (os) filhos da terra. Há quem deles já nem leia livros, pá, pelas árvores, claro que há de haver excepções se a leitura for útil, romances não («já não leio romances, diria depois, soprando ares de maturada decisão racional). Mas bem, se forem utópicos ou apocalípticos ou visionários ou com teorias da conspiração de permeio que «ponham a malta a pensar...». Olha para o relógio: «O mundo já acabou e não sabes, assim como não sabes plantar e colher, assim como não imaginas os problemas que nos esperam se tivermos de voltar às serras. Há tanto para falar em termos de sementes, animais, casas abandonadas. Sabes lá tu o que é a Natureza, fazer uma fogueira, sentir o silêncio...» Falo-lhe nos CD's que nunca me devolveu. «Não emprestaste nada... Deves estar a fazer confusão». Então no body, no crime, toda a razão, meu, devo-os ter fertilizado com umas sementes Monsanto.