terça-feira, 7 de outubro de 2014

22.

Fugir de algumas praias em épocas altas é também estar em consonância com os robalos. Por exemplo há dias um dos veteranos daqui apanhou um daqueles enormes ao pé da ponte (três quilos, parece). Eu mesmo, se quisesse, bem podia ter-me armado em Robinson Crusoe. Tanto mas tanto robalo, nadando à beira mar, nadando à beira rio. Sem medo. O máximo mesmo era desviarem-se um pouco quando mergulhava, numa atitude que mais parecia dever à boa educação que outra coisa, como que a dizer deixa lá este aqui também poder nadar à vontade... De resto, é quase como se quisessem ser apanhados. Ou como se quisessem dali ser desafiados. Mas não vale a pena cair em aparências. Iludem, andávamos é ao mesmo, em paz e longe do maralhal, que volta. Que sempre volta. Pelo menos para ali sempre volta.