segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pura Conquista



Certo que tivemos sorte para a goleada. Mesmo dando de barato aquele remate do Carrillo, que quase entrava. Mas sorte por sorte, ao menos veio no limite do tentar, em pleno esforço, no ponto onde tarda nada já podemos saltar do barco para terra, está muito perto. Não é por acaso e é fácil explicar porquê. Num passado recente, era o Sporting que servia (para) os jogadores*. Reverteu-se a fórmula, hoje são os jogadores que servem (para) o Sporting. Melhor dizendo, se antes era o Sporting que tinha de servir para os jogadores, hoje são os jogadores que têm de servir para o Sporting. Assim se alcança a místicao ponto onde entra a identidade - o lema Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. O excelente Leonardo Jardim sabe disso muito bem. Pois que mais importante que estar a concretizar o seu sonho, ele está a viver o seu sonho. Bem acordado, que isso das dores de crescimento pede muita atenção. Porém há nesta equipa um lado pioneiro, de energia, entusiasmo e descoberta absolutamente únicos. Mesmo que não ganhemos nada este ano, o que não acredito, o mais difícil e importante está feito: voltámos a ser o Sporting. Com tudo o que isso significa. 
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* -  "Sporting não tem salvação", dizia um dos, não jogador, mas gestor de topo. Quem dá o que tem, a mais não é obrigado. Basta acabar o trabalhinho, apagar a luz e fechar a porta.