Era imensa a treta do
consenso à volta do desGoverno no início do mandato. Também não era mentira
nenhuma. Pedro Passos Coelho tinha tudo menos os partidos mais à esquerda que
tinham acabado de dar um jeitão no assalto ao poder. Durou pouco, muito pouco,
que o programa da troika é o
programa do governo e queremos ir além da troika, emigrem, o desemprego
é uma oportunidade, há que sair da zona de conforto, não sejam piegas,
entre tanto e tanto mais.
Mudemos a
agulha, seguiram-se os partidos, acima de todos o PS. Depois a própria
Constituição: dois anos, dois orçamentos anti-constitucionais, cada cavadela,
cada minhoca. Os sindicatos, as associações patronais. Os alvos a abater:
reformados, pensionistas e funcionários públicos. O Tribunal Constitucional. Tanto comentador, analista ou tudólogo
e este governo era apenas incompetente, irracional, incoerente. O
mais óbvio, cristalino e verdadeiro adjectivo é que nunca foi usado, também não
o vou usar aqui, a incompetência defende-o bem, é que mesmo para isso são
precisas mãozinhas...
Fiquemos pelo rufia político
- que se fez com Relvas, mas não só - o perfeito imbecil - aquele que acha que
por esticar a corda esta deixa de se partir. A verdade é que parte, parte
mesmo.