quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Unending Ascent



An Ending (Ascent), do album Apollo: Atmospheres & Soundtracks de Brian Eno é dos sons mais estranhos e belos que se podem ouvir. Tendo algo de etéreo, ao mesmo tempo terreno e cósmico, com uma aura única de indecifrável mistério. A admiração e comoção que causa vê-se quantidade de vídeos e comentários no You Tube e não têm rival à altura – eu nunca vi – ainda para mais num artista desconhecido das grandes massas. 
A primeira versão que me foi dada a ver já lá não está talvez por ser feito de campas e cemitérios reflectindo talvez demasiado o lado post mortem de An Ending (Ascent). Eu pelo contrário acho que é música sobre a vida. Claro que há gostos com versões para tudo. Na Lua, na Lua com a sonda Apollo, no mar ao pôr do sol, em imagens da NASA, em simulacros chill-out, na simetria do espelho, no Afeganistão, na floresta, à beira estrada, à beira neve, à beira rio, ao mar, a navegar, em arquitecturas, nas nuvenschorai arcadas do violoncelo, em fotos editadas a gosto, no trânsito a cores, no trânsito e preto e branco, a la National Geographic, em remixes, em esquisitices, no cinema, em mais cinema, em desenho, com a Terra de perfíl, também assim, em modo trance, num sujeito que descobriu como se faz no sintetizador e claro que capa do albúm. Mas há mais, muitas mais, e vão continuar a aparecer mais.




Adenda: no vídeo acima vê-se parte da Península Ibérica e entrada do mediterrâneo, consegue-se ver o Algarve e a toda a costa alentejana. Parece o Estuário do Tejo em ponto gigante.