sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Notas de um Facebook (II)



Tirando alguns amigos que perdi o rasto, o meu Facebook é mais sobre quem não conheço pessoalmente que outra coisa. Sigo gente que admiro, estimo e com quem aprendo e o feed de notícias tomo como uma espécie exótica de Google Reader. A ideia em si de uma pessoa instalar-se num computador e dar de bandeja o seu tempo livre a não fazer mais que continuar a conversa lá de fora é algo que me transcende, mais a mais porque a conversa é sempre a mesma e as excepções não vão parar ao Facebook. Depois ainda há os "amigos" da vidinha - escola, emprego, cercanias, arredores – que nos custaram ter de aturar no dia a dia e anos depois aparecem ali a luzir num pedido de amizade pendente. Queres ser meu amigo? Outra vez? 

O que me anima ainda são os lembretes non sense. Ver por exemplo fulano - tipo interessante, fixe, vivido, saudável - a ser alvo de alertas tipo "sugere-lhe amigos". Ver o meu pai - que quando começou criou duas páginas - aparecer em "pessoas que talvez conheças". Humor esse que é cortado de vez em quando com a cara de um João Duque, José Lello, ou José Luís Peixoto, entre outros que tais. Sem necessidade nenhuma.