terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Liedson é Liedson, JEB é JEB


Jordão foi dos meus maiores ídolos de infância. Em plenos anos 80 punha-o ao lado de super-heróis e ídolos da música, TV e cinema da altura. O agora pintor resistiu intacto à prova do tempo, tanto que ainda hoje sinto a falta dele naquela equipa. O nº 11 de Jordão, e também o 9 de Manuel Fernandes, deixaram um tal vazio no Sporting que só houve uma pessoa em quase trinta anos capaz de o preencher: Liedson, pois claro. 
Se no inicio olhava para Liedson como um diminutivo do meu herói, género quando fôr grande quero ser como o Jordão, com o tempo Liedson tornou-se Liedson, perdoem-me a redundância. Liedson tornar-se Liedson significa ganhar o direito de pelo seu nome ultrapassar todos os melhores adjectivos que o classifiquem. Para um sportinguista Liedson quer dizer tudo e quer dizer Liedson. 
Liedson nunca devia sair do Sporting. Ou pelo menos nesta altura e desta maneira. É um erro histórico. Uma borrada das grandes. E borrada que é borrada tem sempre de meter mais borrada. Então não se faça a coisa por menos. Vende-se o super-craque por uma pechincha e não se contrata ninguém para o substituir, mesmo que para Liedson não haja substituição possível. 
Fazer o quê? JEB despediu-se em grande, também ele ganhou o direito de ter o seu nome acima do adjectivo daquilo é, neste caso bronco. Vamos pôr as coisas nestes termos: Liedson é Liedson,  JEB é JEB.  E devia ser banido do Sporting. Para sempre.