terça-feira, 22 de janeiro de 2019

126.

As chegadas aos hotéis, às pensões e às estalagens das cidades que não conhecemos marcam um antes e um depois. São o ponto de passagem, o primeiro concreto contacto, a primeira mediação naquela particular atmosfera urbana. Por maior que tenha sido o trânsito, por mais que tivéssemos sido mergulhados no caos urbano. É a partir dali, do balcão do check-in que é dado o verdadeiro tiro de partida. Chegamos à outra viagem, se nos propusermos verdadeiramente a isso. Ali, precisamente, onde retornaremos antes de levarmos as malas já com a substância da experiência no organismo, na tela geral da vida. De onde, enfim, libertaremos a energia definitiva sob a forma de experiência adquirida. 

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