sábado, 18 de agosto de 2018

TANTO QUANTO SE DIZ TOLEDO SE GRITA PELO GREGO


 

Padre nuestro,
Que estás en la Tierra,
Señor Don Quijote…

Rubén Darío

O fantasma de El Greco a cada esquina, as camadas históricas, quais eras geológicas combinadas numa sinfonia de tempos, entre os quais o da capital de um império. Dos romanos à capital visigótica, dos mouros sob o domínio de Córdoba aos reis católicos e à projecção da gesta marítima via Sevilha. O Islão, os judeus e os cristãos-novos. Toledo carrega com os tempos e hoje não nega nada. Os espelhos de espadas, a tela de névoas, a poeira da história, por detrás da cortina, o olhar de El Greco a beber-lhe a essência, assombrando pelo génio, tanto que quando se diz Toledo se grita El Greco. Toledo, lugar do ferro e do aço onde se engendra a espada, ande-se pelas ruas, cercadas de sabres, cada arma a querer declarar a sua individualidade, a poder dizer que é (de) alguém, claro que das verdadeiras chegam segredos desde os romanos condensados nos templários até ao apogeu do império quando Toledo ainda era a capital. Pensar que o Tejo a unia a Lisboa, como dos barcos a sair de Sevilha e Cádiz vinham os estudantes de Sagres, que esse verdadeiro sabre que vem da catana portuguesa associado pelo mundo as Japão tem no meio da península um outro lugar de desconhecidos segredos. E a boa velha que Miguel de Cervantes era visita da casa, tomando parte das Rotas de Dom Quixote. Era esta a Espanha do inventor do seu idioma. 






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