sábado, 9 de junho de 2018



Depois de uma leitura de Luiz Pacheco (Exercícios de Estilo) do melhor da literatura portuguesa do século XX, a espaços, entre poças (tantas poças), gente esfomeada, pobre gente, pobre miséria de gente. Escrever português, literatura dura, pura, de essência: aberturas revolucionárias, arte & estilo, estratégia ataque-ataque, tiradas marciais,sublimadas carpintarias. Chef literário de primeira, hotelaria de rua, restauração da sarjeta. No silêncio das estantes, beber um copo, esquecer. Alfarrabistas fizeram disso um dinheirão. Fazem. É essa a imortalidade literária? Junte-se as dezenas de escritores voga directa ao esquecimento proporcional à fama do momento, temperem-nos com uns poucos, mas bons poucos de bons, depois aumentem-lhes o lume, inflamem bem, inflamem, que é para nos despacharmos no firmamento dos anos para as décadas das décadas dos séculos, tem de ser rápido quanto mais não seja temos ainda os séculos dentro dos séculos. E esta panela é só um país: Portugal. Portugal Continental e ilhas. Imaginem então um continente inteiro. Modelem-no como a América do Sul. Podem jogar panelas com a França, o Reino Unido, a Alemanha, Itália... Olhem para os Estados Unidos, o México. Deixem de parte África, a Índia, o Japão, a Austrália, a China... 

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