sexta-feira, 8 de maio de 2015

29.

Encontro-a
Há todo um passado para nos dirigirmos
Se é que dirigimos
Quando era passado por vezes não sabíamos bem o que fazer
Connosco
Mas hoje é como se começasse tudo outra vez
Tudo, mesmo tudo, amolgado, de feridas
Nódoas negras traumatismos hematomas, nenhum vindo de nossos choques, é certo
Que esses não foram tão violentos já cicatrizaram
Mas surpreendo-me ao ver essa marca esquecida no seu olhar fundo
Eu fogo de vista ainda estranhava seu feitio traiçoeiro
No adiante hoje está a ver as coisas pela terra fértil, eu sempre pelo campo de combate
E de abate, com a consciência do tesouro que é por vezes tão pouca coisa
E fazer parte ou ter tomado parte para conseguir retomar nossa conversa
Como se o mesmo fosse outra primeira vez.