Ao sonho impunha-se o cansaço. O cansaço descansava-me as forças. Poderia até dormir de pé. Ao sonho não opunha a menor desistência. Sonhos impressionantes, sonhos impressionáveis, como a água. Nesse enquanto eu escrevia o sonho, esticadas as pernas sobre a secretária. Claro que se me inundara o chão da sala. Até via os peixes nadarem nela… No chão, debaixo dos meus pés, era como se estivessem num lago. Tinha a porta da varanda aberta. Não via como o rio vinha de fora. Para tirar as pernas da secretária, teria mesmo de acordar…