quinta-feira, 23 de abril de 2015

26.

Tudo demasiado confuso e em cacos, nasce uma vida, tudo recomeça de novo entre os cacos. Deram-te um papel, dizem que o tinhas esquecido, tu próprio não sabias dele, desse papel que não tinha nada escrito, era a folha em branco, e por defeito, era mesmo o papel que desempenhavas. Papel esse que cada um tem, o seu. É a vida. És tu sempre a acreditar na maneira certa. Mania que um ideal é o ideal. Não há como desmentir, a utopia é o princípio da respiração que nunca alcança. Mas avança, como já foi dito e escrito. Escapa a palavra, a utopia não depende das palavras. Tem a beleza dos moinhos de vento.