quinta-feira, 31 de julho de 2014

NON


Até as falhas nos actores, nos diálogos e os planos e tempos desnecessários parecem fazer parte do cardápio. Manoel de Oliveira paira acima de todo o acidente. Oliveira incorpora, absorve em tudo, mesmo nos erros tudo no filme é sublimado. Pouco importa o redundante e desnecessário de certos momentos, a câmara impõe o desassombro de outros momentos: das interpretações, de certos diálogos, de toda a mise-en-scène desse cinema de representação pura e dura, genuíno em todo o artifício. Cinema para quem o sabe receber, para quem o vê, para quem o merece.