sábado, 14 de dezembro de 2013

9.

O televisor desligado a fazer de espelho involuntário. Vejo ali um bloco de notas, o sofá, eu (pelo menos parece), alguns livros que leio (ando no um por género) pela primeira vez juntos nesta sala. Intrépidos e desafiantes, nenhum passível de ser abandonado (às vezes acontece) podendo eu ler muito mais e não lendo tanto quanto as livralhadas aqui me pedem e/ou exigem. E o sol bate-me forte na cara e daí vem-me à memória certa canção de Neil Young como se um raio luminoso se me tivesse ligado essa jukebox mental que há em cada um de nós, cheia de canções ou músicas agarradas pelo gosto e pela memória. Neste caso nada do genial amargo, tempestuoso e temperamental de um “On The Beach”, “Tonigh’s The Night” ou "American Stars'n'Bars" que até combinavam melhor com os dias. Também tinha a janela fechada.