David Cronenberg disse que uma das motivações para "Dangerous Method" foi trazer de volta à vida Freud e Jung. Se o objecto foi a curiosidade, pois muito
bem, Freud (Viggo Mortensen nunca nos deixa ficar mal) está excelente, Jung (Michael Fassbender) não destoa, a fotografia
é soberba, os diálogos espirituosos, o décor lindíssimo, falta o resto: "Dangerous Method" é um filme sem rasgo nem força que o sustente.
Com uma Keira Knightley sempre em esforço – nos momentos de histeria então tem a convicção de Catarina Furtado – e uma trama incapaz de se fazer valer que não em truques de marca, "Dangerous Method" choca um pouco com a realidade, que implacável nos mostra que neste momento há muito melhor cinema em cartaz.