segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eleições - notas finais


- Foi a maior abstenção desde 1976 – 41,1%. E Bateu-se o recorde dos votos em branco - 103.537.

- Com PSD e CDS (50,3%) a direita ganhou. Estrondosamente. O povo subscreveu a receita. Estrondosamente.

- Daniel Oliveira na melhor intervenção da noite, “as pessoas quando foram votar sabiam. Estava lá tudo." Sim, escarrapachado, escrito, dito, repetido. Mas nem o possível fim do SNS como o conhecemos, ou o argumento de se ir mais longe que a Troika impressionou o eleitor. Nem Fernando Nobre, ou sequer Leite de Campos, quanto mais Eduardo Catroga.

- Pelos vistos o povo português gosta muito do moralismo dos cortes e da austeridade, não vai é achar tanta graça quando este lhe cair em cima, e vai cair mesmo, em força. E contra factos desta vez não sei com que argumentos responderá. A bem dizer nem sequer imagino...

- A esquerda, exceptuando o PCP, sofreu uma humilhação histórica, poderá talvez aprender alguma coisa da necessidade de deixar de ser tão "pavloviana", de começar a pensar mais estratégicamente. Deixar de achar que PS, PSD e CDS é tudo igual, porque não é. Aprender a ser mais flexível, a ter inteligência para além da "indignação". Perceber que tiros no pé são tiros no pé.

- O género de desporto nacional chamado “a culpa é toda do Sócrates” começará a ter cada vez menos adeptos, eventualmente desaparecerá do mapa. Ainda bem, o barulho é ensurdecedor.